"Ela estava sozinha, tomando um drink e com o olhar vazio. Seus olhos felinos, eram mais verdes que uma grande floresta vista de cima. Apenas pensava, que não queria pensar em nada. queria fazer, queria ser, queria estar. Tão solitária, em meio aos estranhos que passavam, falavam, riam, dançavam, e até choravam.
Como desejava não sentir aquele paradoxo de ilusão e realidade. Talvez se pegasse outra bebida, cada copo esvaziado, levaria também o vazio que sua alma sentia. O sentimento é tão traiçoeiro... zomba de nós. Zombava daquela mulher. E seus olhos eram espelhos. poderiam enganar sua imagem, o te mostrar de verdade quem era. Então, ao voltar para realidade, uma lágrima correu em seu rosto. Não distinguia o que era pior: a ilusão, a realidade ou a vontade de sumir. Talvez a vida de uma prostituta fosse mais divertida do que sua vida de sonhos. No final sua vida era parecida com de uma prostituta, mas inversa: ela fazia sexo em troca de poder se sentir amada. por poucas horas. Mas as prostitutas também faziam sexo em troca de dinheiro por poucas horas. A diferença é que as prostitutas usavam o que ganhavam depois para fazer algo bom pra si, e ela; bem ela não tinha como usar o que ganhava para se sentir mais feliz.
O oceano dos seus olhos, não concordava com seu coração, e a trouxe de volta a realidade, sem nenhuma dó do mar que banhava seu rosto. Apenas mandou sua razão levanta-la, beber o ultimo gole da sua ilusão, e seguir o farol verde que mandava andar depressa, deixando naquele copo, seu destruído coração.
sábado, 15 de janeiro de 2011
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