quinta-feira, 10 de julho de 2008


Meu primeiro post com meu ano que começou em 2008. Acredito que a gente só pode comemorar um ano novo quando faz aniversário. Bem, comecei minha semana completando 28 invernos. Muitas vezes me perguntei se existe mesmo o tal inferno astral. Se existe ou nao, era pra ele ter acabado no dia do meu aniversário e esqueceram de avisar pra ele, ó!!!

Meus dias tem sido uma batalha diaria. Literalmente, mato um leão por dia para conseguir chegar viva ao final. A química do cérebro da gente é algo muito poderoso. É assustador. Não adianta nos agarrarmos em fé, em nossos filhos, ou pessoas que dependem da gente, não adianta ver o sol nascer pra nós todos os dias, por que só sentimos frio, e uma grande escuridão.

E parece que tudo fica mais absorto. O pessimismo que nos contagia é insulportavel até pra nós. Nossa melancolia. Nosso sono. Nosso querer não viver mais, nao rir, nao conseguir achar graça nas coisas, não encontrar melodia nas músicas... é tudo tão, mórbido.

E assim afastamos as pessoas que mais queremos bem, ou as quais mais precisamos. Puxa, como eu preciso do meu psicologo nesse momento. Mas ele esta completamente mudado comigo. Não é mais o mesmo. Não me sinto mais confiante, nao sinto que ele possa melhorar nada na minha vida, porque simplesmente, antes ele nao gostava de mim, mas agora ele me ignora. Então... eu nao posso nem mais contar com a chatice dele. Numa hora que ele poderia ser uma corda pra me tirar desse buraco, mesmo sendo tao tosco. Então, ele sem muita atenção me encaminha pro psiquiatra... ok. ja estou acostumada. É sempre assim. quando a corda arrebenta, corre com ela pro psiquiatra. e tome remédios. e mais remédios. e tantos remédios.... e nada muda dentro da alma dessa pessoa. Mas é a alma dessa pessoa que esta pedindo ajuda. Porque eu nao quero mais conviver com a morte de perto, e dormir ao seu lado, sabendo que despertarei com ela me esperando. Esperando uma fraqueza, um rompante, uma dor um pouco mais forte provocada por alguém. E como toda alegria ja se esvaiu, nao sobrou mais nada apenas um corpo, tentando lutar sozinho contra essa "companheira" de dias e noites, cada vez mais solitários...

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