quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ciência da exatidão humana

Ontem a noite eu estava pensando sobre o que eu perguntei a respeito do blog de Fernando Meirelles onde ele comenta seu filme (Ensaio sobre a Cegueira). Dentre tres perguntas instigantes apenas uma foi respondida e novamente respondida mesmo quando eu tentei retornar ao meu foco. Sobre portugues. Então mil devaneios me fizeram sentir desde a raiva até a decepção. Com o mundo. Vejamos: a grande maioria (há exceções) das ciências ditam o certo e o errado. Exemplo: quando estamos na escola nos questionamos porque temos que saber o ano em que descobriram o Brasil; o motivo da primeira guerra, ou a diferença entre planice e planalto. Já adultos e formados em cursos os quais nunca foram importantes tais conhecimentos explicamos aos mais jovens que isso serve como cultura. Indo mais alem das CIÊNCIAS EXATAS: todo numero multiplicado por zero é zero. POR QUE? porque é. MAS POR QUE? SE EU TENHO UMA MAÇÃ E MULTIPLICAR ELA POR NADA, AINDA TENHO UMA MAÇÃ. mas a resposta certa é zero. MAS POR QUE? porque é. então tá. vou usar isso pelo resto da vida, porem não sei a lógica desse resultado e nem o porque.
a Psiquiatria estuda anormalidades comportamentais (eu diria os atos). a Psicologia estuda o comportamento e processos mentais - processos mentais são maneiras como a mente funciona (eu diria pensamentos) e SEMPRE empirica. e a Psicanálise? segundo Freud a natureza humana não é sempre racional e ações podem ser motivadas por fatores não acessiveis ao consciente (eu diria sentimentos).
Agora vejamos:
1- quem conhece o certo ou errado esta sempre disposto a mostra-lo quando há uma oportunidade.
2- existe o certo e o errado para julgar os atos. porem é normal mostrar suas atitudes.
3- existe o certo e o errado para comportamentos. porem as pessoas são julgadas quando expõem seus pensamentos.
4- não existe certo ou errado quando falamos ou deparamos com perguntas incomodas sobre sentimentos.
Será esse o motivo de ser ignorado, incomodo, vergonhoso, impudico?
Posso ter dezenas de respostas e opiniões sobre o que é certo ou errado, mas raramente (quiça nunca) teremos a coragem de mostrar o que sentimos. é um paradoxo: responder o que se sabe e julgar veladamente o que é individual (o que sente, sua natureza, seu eu)
"ASSIM OBSERVOU A MULHER DO MÉDICO AO ANALISAR O COMPORTAMENTO DE UNS COM OS OUTROS E CHEGOU A CONCLUSÃO DE QUE AS PESSOAS TORNAM-SE REALMENTE QUEM ELAS SÃO A PARTIR DO MOMENTO EM QUE NÃO PODEM JULGAR PELO QUE VEÊM." Saramago
mas poderia ser: "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Nietzsche